Então, ficamos assim: ou Lula se prepara para uma onda de greves de servidores, acirrando os ânimos entre eles e afetando atendimento ao distinto públ
Então, ficamos assim: ou Lula se prepara para uma onda de greves de servidores, acirrando os ânimos entre eles e afetando atendimento ao distinto público (e a popularidade…), ou lá vai Haddad somar daqui, diminuir dali, para tentar uma solução política para a um assunto que é orçamentário. Ele passa a semana nos EUA, para a reunião de ministros da economia do G-20, acompanhando de longe não apenas a questão do funcionalismo, mas também a entrega ao Congresso dos dois projetos de regulamentação da reforma tributária, um sobre o novo imposto federal, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o outro sobre o polêmico – e disputado – fundo gestor de recursos para estados e municípios.
Se saiu de 2023 como “o cara”, Haddad ainda não entrou em 2024, atropelado pelo populismo petista, pela gula do Congresso, por tentativas aflitas de privilegiar o equilíbrio fiscal. Assim, a pauta econômica está parada no governo e no Congresso. E vêm aí as festas juninas, o recesso de julho e as eleições municipais, com Arthur Lira fora de controle e Rodrigo Pacheco jogando duro no Senado.
Uma das negociações internas de Haddad é para a distribuição de 100%, mesmo que em duas vezes, mas ainda neste ano, dos dividendos extraordinários da Petrobrás. Como a União é a maior acionista, seria uma mão na roda para o déficit zero e para compensar as perdas com o golpe de Pacheco na reoneração de municípios, mas não tem nada a ver com salário de funcionalismo.
A tudo isso somem-se a queda de Lula e do governo nas pesquisas, os incêndios nas Américas e os avanços do bolsonarismo no Congresso, agora com empurrão do empresário Elon Musk, do presidente da Argentina, Javier Millei, e do chanceler de Israel, Israel Katz, que miram no STF para acertar em Lula. É hora de greve de servidor público, uma atrás da outra? Certamente, Lula acha que não, mas precisa combinar com os “russos” e… com Haddad.