O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversou com agentes econômicos sobre o timing para o governo indicar o substituto do presidente do Banco Cen
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversou com agentes econômicos sobre o timing para o governo indicar o substituto do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Em encontros recentes, ouviu de empresários e banqueiros que o limite deveria ser outubro, para evitar um cenário de incertezas e garantir tempo hábil para a transição. O ministro não comenta o assunto.
O mercado, portanto, concorda com o calendário sugerido por Campos Neto, que afirma querer fazer um processo sucessório suave. Para isso, diz que é preciso previsibilidade e institucionalidade. Também avalia que, a partir de novembro, ficaria tarde, gerando risco de ruídos, principalmente se for escolhido algum nome de fora da instituição.
A Faria Lima já precificou os cotados até o momento. Seus representantes ressaltam a necessidade de saber se será alguém de banco ou não, da área macro ou microeconômica, para que tenham segurança sobre o perfil da política monetária que será tocado no BC. Isso dita a reação e o humor do mercado.
O preferido do setor é o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos, Paulo Picchetti. Mas, os analistas financeiros dizem que, embora tenha perdido tração, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, ainda aparece como favorito nessa corrida. O economista Marcelo Kayath, ex-diretor do Credit Suisse e amigo de Haddad também figura na lista.
O mandato de Roberto Campos Neto se encerra em 31 de dezembro, na primeira substituição sob o sistema de mandatos fixos no BC, iniciado em 2021. Ou seja, o escolhido não será alguém que possa ser ejetado da cadeira por qualquer crise ou desconforto. Deverá ficar no cargo por quatro anos. A indicação cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.