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O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse na quinta-feira (11) que o grupo ainda busca um acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e libertação de reféns israelenses, isso mesmo depois que um ataque israelense matou três de seus filhos em um ataque no território palestino.
Falando no Catar enquanto recebia condolências, Haniyeh disse que “os interesses do povo palestino são colocados acima de tudo”. Ele falou sobre o assunto quando foi perguntado se a morte dos parentes afetaria as negociações sobre a trégua.
“Estamos buscando chegar a um acordo, mas a ocupação ainda está adiando e fugindo de uma resposta às demandas”, disse ele à Reuters.
As forças israelenses realizaram o ataque de quarta-feira (10) sem autorização dos principais comandantes ou líderes de alto escalão, segundo os jornais israelenses.
A operação deixou os familiares de reféns com receio de que a ação militar inviabilizaria os esforços para libertar os sequestrados em Gaza.
“Só posso esperar que isso não afete a negociação. Espero que isso não faça o Hamas colocar condições mais difíceis no acordo”, disse Ofri Bibas Levy, cujo irmão Yarden Bibas foi sequestrado junto com a esposa e duas crianças pequenas no dia 7 de outubro, quando o grupo radical atacou Israel.
O governo israelense tem enfrentado a crescente pressão das famílias dos 133 reféns israelenses ainda detidos na Faixa de Gaza, embora as negociações mediadas pelos EUA, Egito e Catar ainda não tenham conseguido um acordo.
“A chave para qualquer acordo começa com um cessar-fogo permanente e nossa principal prioridade no processo de negociação em andamento é o retorno incondicional dos deslocados e a retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza”, disse o porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua disse em um comunicado.
“Sem isso, um acordo não acontecerá”, acrescentou.
O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem enfrentado críticas crescentes do principal aliado de Israel, os Estados Unidos, sobre a condução de sua campanha militar no território palestino. As cobranças do presidente Joe Biden foram motivadas pelo crescente número de civis palestinos mortos e alimentados mais recentemente por um ataque que matou trabalhadores humanitários estrangeiros e palestinos em Gaza.