Os meses de abril, maio e junho deste ano devem ser de chuva abaixo da faixa normal nas regiões do centro, norte e leste do país, marcando o enfraque
Os meses de abril, maio e junho deste ano devem ser de chuva abaixo da faixa normal nas regiões do centro, norte e leste do país, marcando o enfraquecimento do fenômeno El Niño, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Neste mesmo período, alguns estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Amazonas, e em parte da região sul, a previsão para probabilidade de chuvas é acima da faixa normal. Na faixa central brasileira, não se descartam eventos importantes no começo do trimestre, mesmo apresentando baixos volumes de chuvas.
Desde junho de 2023, as condições observadas de temperatura da superfície do mar representam um padrão comum do El Niño, que consiste em uma faixa de águas quentes em grande parte do oceano Pacífico Equatorial, que perto da costa da América do Sul são superiores a 3°C.
Atualmente, o El Niño é classificado com intensidade moderada e fraca, e seu padrão apresenta sinais de desintensificação quando comparado aos meses anteriores. Modelos climáticos apontam para o enfraquecimento do fenômeno e a transição para condições neutras.
Estima-se que as irregularidades de temperatura da superfície do oceano irão atingir a neutralidade ainda no segundo trimestre deste ano, com a possibilidade da formação da La Ninã no segundo semestre de 2024, segundo o International Research Institute for Climate and Society (IRI).
Com relação ao armazenamento de água no solo e vazões dos rios em março, no Rio Madeira, as vazões naturais em Jirau e Santo Antônio fecharam no mês em 85% da média de longo termo (MLT) do período, apresentando elevação.
Nos rios Tocantins e Xingú, da média para o mês, as vazões naturais nas usinas hidrelétricas Belo Monte, Tucuruí e Serra da Mesa ficaram em 62%, 82% e 96%, respectivamente.
O armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou uma elevação de 7% no começo de abril, chegando a 74,2%. Ainda, por conta das chuvas, os principais reservatórios da região Nordeste, em conjunto, chegaram atingiram 50%, apresentando um aumento de armazenamento neste mês em relação a março.
Quando se trata do armazenamento de água no solo, parte do Brasil teve uma elevação nos níveis de umidade do solo por causa das chuvas do primeiro trimestre de 2024, em especial os reservatórios na região Norte, leste da região Nordeste e em áreas da região Sul.