Geração Z navega entre sonhos, dívidas e incerteza sobre o futuro do trabalho

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Geração Z navega entre sonhos, dívidas e incerteza sobre o futuro do trabalho

Nada melhor do que o Dia do Trabalho, que é celebrado em 1º de maio, para refletir sobre sobre planejamento financeiro e o futuro do emprego Espe

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  • Nada melhor do que o Dia do Trabalho, que é celebrado em 1º de maio, para refletir sobre sobre planejamento financeiro e o futuro do emprego
  • Especialmente para a Geração Z, que enfrenta dilemas perante um cenário marcado por sonhos, dívidas e um futuro incerto
  • Para que o jovem mantenha uma presença sustentável e eficaz no mercado de trabalho, é essencial que tenha suporte educativo, ambiental e emocional adequado

Nada melhor do que o Dia do Trabalho, que é celebrado em 1º de maio, para refletir sobre sobre planejamento financeiro e o futuro do emprego. Especialmente para a Geração Z, que enfrenta dilemas perante um cenário marcado por sonhos, dívidas e um futuro incerto.

Esses jovens, que priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, qualidade de vida, propósito e flexibilidade enfrentam obstáculos substanciais. Segundo o IBGE, em 2022 aproximadamente 10,9 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos não estavam estudando nem trabalhando, o que representa um quinto dessa faixa etária, refletindo uma crise de empregabilidade exacerbada por altas taxas de evasão escolar e acesso limitado ao ensino superior.

A situação se agravou com a crise econômica e a pandemia, diminuindo as oportunidades e aumentando a vulnerabilidade desses jovens.

Finanças frágeis e incertezas sobre a aposentadoria

A crise da Geração Z no mercado de trabalho é vista em vários países do mundo. Vídeos de jovens chineses destacando a crise no mercado de trabalho viralizaram nas redes sociais. Eles expressam dúvidas sobre a possibilidade de aposentadoria e questionam a formação de reservas financeiras.

Citam a escassez de empregos, dificuldades de aposentadoria dos pais e baixos salários como principais barreiras. Essa situação evidencia uma incerteza generalizada sobre o futuro e os desafios enfrentados por essa geração.

No Brasil, conforme dados do SPC e da Unicef, há 12,5 milhões de jovens entre 18 e 29 anos endividados, 9 milhões de jovens com até 20 anos de idade com o CPF comprometido e 16 milhões de jovens sofrendo de depressão e ansiedade, devido aos sentimentos de incerteza e desesperança em relação ao futuro.

Bem-estar x burnout

No Brasil, o aumento de casos de burnout entre jovens, especialmente em ambientes de trabalho e acadêmicos competitivos, é preocupante.

Pesquisas mostram que muitos profissionais jovens, principalmente entre 20 e 30 anos, enfrentam grande exaustão emocional devido à pressão por desempenho e aos desafios em equilibrar a vida pessoal com o trabalho.

Segundo a Isma-BR, associação que se dedica à pesquisa e prevenção do estresse, o Brasil registra altos índices de estresse e burnout, principalmente entre os mais jovens, destacando a necessidade de políticas de bem-estar mais eficazes e suporte à saúde mental nas empresas e instituições de ensino.

Estratégias e alternativas

Para que o jovem mantenha uma presença sustentável e eficaz no mercado de trabalho, é essencial que tenha suporte educativo, ambiental e emocional adequado.

Que seja ensinado, por meio da família, do afeto e de pessoas admiradas, o senso de propósito no trabalhar. Empresas e governo precisam se alinhar aos valores da Geração Z, investindo em flexibilidade e apoio para converter esses desafios em oportunidades de crescimento, integrando esses jovens na economia e permitindo que eles impulsionem o desenvolvimento econômico do País.

O trabalho não é apenas uma fonte de renda, mas uma extensão da identidade pessoal. É, uma maneira de utilizar e mostrar talentos, contribuir para a sociedade e alcançar realização pessoal. É preciso estimular em nossa sociedade a celebração da dádiva que é trabalhar e enfatizar a importância do equilíbrio com descanso e lazer, destacar a saúde mental e a prevenção do burnout, além de reconhecer o momento certo para a aposentadoria.

Jorginho Guinle, o famoso playboy brasileiro, que considerava um defeito trabalhar, decidiu gastar toda a herança que recebeu se divertindo, considerando bem viver o fato de morrer sem um centavo no bolso. Na sua velhice, ao se ver endividado, ele declarou: “errei o cálculo e o dinheiro acabou antes da hora”.

Mesmo que a aposentadoria pareça distante para quem está começando agora, é vital ensinar jovens a se planejar desde cedo. Uma boa recomendação é que a pessoa comece a reservar e investir 10% de seus ganhos líquidos, todos os meses, desde o primeiro salário, para a aposentadoria.

Descansar é tão essencial quanto trabalhar, uma vez que a saúde física e mental depende de um bom equilíbrio entre trabalho, descanso e lazer, permitindo que mente e corpo se recuperem das tensões diárias, prevenindo o burnout e aumentando a concentração e a produtividade.

Além disso, o lazer não só enriquece a vida ao desenvolver novas habilidades e fortalecer relações sociais, como também expande a criatividade e a alegria ao permitir a exploração de interesses pessoais. Essa combinação promove um estilo de vida mais equilibrado e feliz, altamente valorizado pela nova geração.

Prevenir o burnout inclui estabelecer limites claros no ambiente de trabalho e garantir tempo adequado para descanso e lazer. É fundamental que essa consciência esteja também refletida no orçamento, assegurando que o lazer seja considerado uma parte essencial da sua saúde e bem-estar.

A promoção de iniciativas de orientação profissional, educação financeira e saúde mental oferece a chance de pensar em como preparar o futuro, especialmente para a nova geração, cuja vitalidade é fundamental para impulsionar a economia do Brasil.

Fonte: Externa